Após tomar conhecimento do possível crime, o Delegado Aldizio Neto, titular da DP, reuniu uma equipe de agentes com apoio de uma guarnição da Polícia Militar e foi até o local informado. No entanto, por ser território boliviano, a equipe policial foi impedida de entrar pelo Exército da Bolívia.
O Delegado entrou em contato com as autoridades bolivianas da Vila Evo Morales, em Plácido de Castro. Uma equipe da Polícia boliviana foi até o município para acompanhar a operação. O fato teria ocorrido em uma colônia em terras bolivianas de propriedade de um brasileiro.
A informação inicial seria de que houve uma reunião de criminosos foragidos da justiça brasileira e, após um desentendimento, um grupo teria matado 5 pessoas e incendiado a casa e os corpos das vítimas. Ao chegarem no local, foi encontrado um cenário devastador, com tudo queimado pelo fogo.
O Delegado Aldizio Neto informou que os porcos da propriedade estavam comendo os restos mortais das vítimas. As autoridades bolivianas, juntamente com policiais civis e militares, fizeram uma varredura no local com o objetivo de encontrar os cadáveres das vítimas, mas só foi possível localizar parte da ossada possivelmente de 3 corpos.
Segundo levantamento da Polícia, uma das vítimas possivelmente seria o foragido da justiça do Acre, Raimundo Nonato do Nascimento Oliveira, de 33 anos, natural do município de Tarauacá, mais conhecido como "Nego Black". A Polícia também trabalha na hipótese do crime ter sido motivado por vingança, pois, há pouco tempo, "Nego Black" teria matado um boliviano e arrastado seu corpo com uma moto pelo ramal da Vila Mapajo, e depois teria atirado na mão do filho da pessoa que ele matou.
Segundo informações, a mulher de "Black" também foi morta na chacina. Os restos mortais das vítimas foram recolhidos, colocados dentro de um saco e levados para a Delegacia do município. Uma equipe do Departamento de Polícia Técnico Científico (DPTC) de Rio Branco foi até Capixaba para recolher os restos mortais e encaminhá-los para o IML de Rio Branco, onde passarão por exames de DNA para serem identificados.
O Delegado Aldizio Neto informou que o crime é complexo e dificilmente será solucionado, pois ocorreu em território estrangeiro e, mesmo que consigam identificar os autores, dificilmente a justiça acatará um pedido de prisão por falta de provas. As autoridades também informaram que a Vila Mapajo abriga vários foragidos da justiça e, por tratar-se de território estrangeiro, as forças de segurança não podem entrar para dar cumprimento a mandados de prisão."
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