Homem condenado por estupro de vulnerável é morto a tiros em propriedade rural na Bolívia, na fronteira com o Acre

Um homem de 64 anos, condenado a 12 anos de prisão pelo crime de estupro de vulnerável, foi morto a tiros em território boliviano na noite de domingo (21). O crime ocorreu em uma fazenda localizada na região da Vila Mapajo, na fronteira próxima ao município de Capixaba, no interior do Acre.

Segundo relatos de testemunhas, a vítima, identificada como Edmilson Moreira da Rocha, estava na companhia de outro homem, Jonson da Silva Freitas, de 41 anos, quando ambos consumiam bebidas alcoólicas.

A discussão teria começado após Jonson se irritar com o fato de Edmilson ter ingerido parte de sua cachaça.

Durante o desentendimento, Jonson teria sacado uma espingarda e efetuado vários disparos à queima-roupa contra Edmilson.

Os tiros atingiram o rosto, o tórax e um dos braços da vítima, que morreu no local. Após o crime, o suspeito permaneceu na propriedade, segundo informações da polícia.

A polícia boliviana foi acionada por testemunhas que presenciaram o homicídio, e uma equipe da Polícia Militar de Capixaba também foi comunicada. Em ação conjunta, as forças de segurança conseguiram prender Jonson no local.

Ele foi conduzido à Delegacia de Polícia Civil de Capixaba e, durante audiência de custódia realizada na segunda-feira (22), a prisão em flagrante foi convertida em preventiva. O suspeito aguarda julgamento no presídio de Senador Guiomard.

Edmilson estava foragido da Justiça havia cerca de quatro anos, após ter sido condenado pela Vara Criminal de Senador Guiomard pelo crime de estupro de vulnerável, com pena fixada em 12 anos de reclusão. Familiares informaram que ele vivia e trabalhava havia aproximadamente um mês na fazenda em território boliviano, possivelmente para evitar a prisão no Brasil.

O corpo de Edmilson foi removido em uma caminhonete até a Delegacia de Polícia de Capixaba, onde uma equipe do Instituto Médico Legal (IML) de Rio Branco aguardava para realizar o traslado até a capital acreana. A investigação segue sob responsabilidade da Delegacia Geral de Capixaba.